No dia 29 de março de 2025 os moradores de Mongaguá avistaram uma criatura marinha pouco conhecida encalhada na costa da cidade, o que levantou muita curiosidade nos residentes locais.
Os biólogos e cientistas especializados explicaram que tal animal se tratava de uma espécie bastante parecida com as baleias cachalote, muito conhecida por sua representação no livro Moby Dick de Herman Melville (lançado em 18 de outubro de 1851), a tal espécie em questão é a Kogia brevicep, conhecida como Cachalote-Pigmeu

As Cachalotes-Pigmeus têm como habitat natural mares temperados, tropicais e subtropicais, no Brasil já ocorreu cerca de quatro avistamentos desses animais, com o primeiro sendo no Amapá, dois no Rio de Janeiro (praia do Leme e praia do José Menino) e a mais recente sendo a de Mongaguá.
Por volta das 15 horas a Biopesca (ONG), instituto criado em 1998 para a pesquisa e preservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, foi acionado para resgatar o animal encalhado.
De acordo com o biólogo Andreth Oliveira “a espécie em questão não é considerada nem baleia nem golfinho, eles pertencem a uma família à parte chamada Physeteridae”.
A baleia encalhada foi entregue ao Instituto Gremar para reabilitação, os profissionais responsáveis pelos exames feitos no animal relataram que o espécime em questão se tratava de uma fêmea adulta de aproximadamente três metros, ela apresentava altos níveis de estresse e possuía múltiplos ferimentos na pele, ainda não se sabe ao certo o que pode ter causado tais ferimentos, contudo, provavelmente foram causados por uma ação predatória de algum outro animal, como um tubarão, ou por causa da poluição marítima causada pelo descarte indevido de lixo nos oceanos.

No dia 30 de março, após um dia de reabilitação a cachalote-pigmeu veio a falecer, provavelmente em decorrência dos altos níveis de estresse que o animal estava sofrendo.