O entretenimento é o ato de distrair ou divertir as pessoas, de forma descontraída e causando alegria, isso pode ser relativo de pessoa a pessoa. É comum que hoje em dia, as piadas contadas antigamente não sejam mais tão bem vistas quanto naquela época, isso se deve ao fato de que depois de muito tempo, o preconceito com negros, mulheres, homossexuais, entre outras minorias vem se dissipando cada vez mais e o humor com base na humilhação desses grupos estão se tornando bem mais problemáticos aos olhos do público.

Recentemente, o tema “censura em relação a comédia” tem sido um assunto muito discutido na internet, principalmente depois que o suposto comediante Léo Lins, que é conhecido por fazer um tipo de humor mais “pesado”, fez uma piada satirizando a dificuldade de pessoas negras conseguirem emprego, gerando uma grande repercussão por muitas pessoas que se sentiram ofendidas com a piada, enquanto algumas pessoas alegam ser apenas uma brincadeira. O humorista diz “O humor não tem limites, o limite está onde ele acontece[…] A partir do momento que entenderem isso, tudo será mais fácil” e fala que não se arrepende de nenhuma de suas piadas, independentemente de ter magoado alguém ou não.

É fato que a maioria dos humoristas nunca vai procurar realmente magoar, nem ofender alguém ou algum grupo de forma ofensiva, mas sempre é bom ter cuidado com o quê e como se é falado para o público. Um grande exemplo de piadas que não chegam a ser ofensivas, é a comédia usada na série de TV: “Todo mundo odeia o Chris”, onde mostra de forma humorada a vida de um negro em um bairro marginalizado, onde sempre ouvimos o narrador, o próprio Chris, caçoando de como era o preconceito na sua época de criança.

Essas piadas envolviam brincadeiras em relação a pessoas negras, pois ele mesmo era uma, porém, isso não as tornavam ofensivas ou até mesmo preconceituosas, elas eram contadas como forma de ironia ao racismo, por ele estar em seu lugar de fala, como um representante dos afrodescendentes. Fazer piadas com pessoas em que você não faz parte da cultura ou convivência, é ou pode ser visto como um tipo de preconceito da parte do “humorista”, mesmo que essa nunca tenha sido sua intenção.

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